AUDIOVISUAL NO ENSINO MÉDIO:
VIDEOARTE PARAENSE COMO CONTEÚDO E MATERIAL DIDÁTICO
PROGRAMA DE APOIO A PROJETOS DE INTERVENÇÃO METODOLÓGICA (PAPIM) 2012
UFPA / EAUFPA / ICA / PROEG
Frame do vídeo "Bebendo Mondrian" (2007) de Armando Queiroz
No contexto escolar, os materiais de vertente
audiovisual acabam sendo utilizados como meros meios ilustrativos de conteúdos
diversos, inclusive em outras disciplinas que não Artes. Dificilmente presenciamos
aulas que tratem do estudo das especificidades audiovisuais no que se refere à
produção de Vídeoarte. Como propõe Mcluhan (1964), “o meio é a mensagem”, logo,
o audiovisual se finda em se mesmo como mídia e conteúdo cognitivo, canal e
código simultaneamente
Ao propormos uma análise da
utilização da Vídeoarte como conteúdo audiovisual na 1ª série do Ensino Médio
vislumbramos a possibilidade de pensar o audiovisual além das tradicionais
formas de produção, explorando o caráter experimental destes produtos. Para
definir esse caráter experimental, Arlindo Machado pronuncia:
“O
que é o experimental? Até os anos 1960, os filmes costumavam ser classificados
como “documentários” ou “ficções” e não havia muita margem de manobra para sair
dessa dicotomia simplificadora. Mas havia uma produção fora do circuito
comercial, que em hipótese alguma cabia nessa classificação obsoleta. (...)
Foi, então, tomado o termo experimental para designar esse campo até então
excluído do audiovisual.” (MACHADO, 2008, p. 10).
Dessa
maneira, devemos estar atentos para podermos abarcar os estudos das artes
audiovisuais tanto como conteúdo e componente curricular quanto como um
importante material didático, sem deixar de lado esse seu caráter experimental,
potencialmente encontrado nas produções de Vídeoarte.
Utilizaremos como principais
referenciais teóricos os estudos de Ana Mae Barbosa acerca da Abordagem
Triangular; Antoni Zabala e seus estudos acerca da construção do currículo
escolar; Cristina Costa, ao discutir a inserção da imagem e da mídia na
educação escolar, Maria Heloísa Ferraz e
Maria Rezende Fusari, a partir de suas construções acerca da inserção do ensino
de arte na educação básica e suas respectivas metodologias.
As “Orientações Curriculares
para o Ensino Médio” são claras ao afirmar que “o ensino do teatro, da dança,
das artes visuais, e suas repercussões
nas artes audiovisuais e midiáticas é tarefa a ser desenvolvida por
professores especialistas, com domínio de saber nas linguagens mencionadas”
(PCNEM, 2004, p. 202).
Esta
afirmação nos permite inferir que a utilização das mídias audiovisuais não deve
se restringir ao ensino de artes visuais, e nem mesmo ao âmbito do ensino das
Artes em todas as suas linguagens. Como mídia educativa, o material audiovisual
deve se fazer presente em potencial em todas as disciplinas do currículo
escolar. No entanto, é no ensino de artes visuais que a linguagem audiovisual
encontra um terreno profícuo para o estudo de suas especificidades conceituais
e práticas de produção, e não apenas como material didático, que acaba servindo
a vários outros processos em outras disciplinas, menos ao estudo de si mesma,
como conteúdo de ensino.
É
no ensino de artes visuais que o professor tem a possibilidade (e deve estar
atento para isso) de abarcar o audiovisual como texto em suas três dimensões
formativas de comunicação. Como Código,
podemos analisar, mas não nos deter a esses aspectos, as estruturas
morfológicas (ponto, linha, forma) e sintáticas (movimento,direção, volume).
Contemplado como Canal, temos a
possibilidade de problematizar o estudo das materialidades da produção
audiovisual e suas formas no cinema e vídeo analógicos, cinema e vídeo
digitais, o computador, o videogame, a televisão. No que se refere ao Contexto, vislumbramos a possibilidade
de estabelecer um estudo das intermediações entre o âmbito de produção e
recepção do conteúdo audiovisual.
É
importante, portanto, que o professor que atua com o ensino de artes visuais
estabeleça uma linha teórica que lhe norteie no que confere à concepção de
Audiovisual por ele adotada, para então preocupar-se com a construção de um
currículo que sirva bem ao ensino do audiovisual, estabelecendo diálogo com a
base comum de conteúdos proposta pelos Parâmetros Curriculares Nacionais em
Ação e articule conteúdos que levem em consideração as especificidades locais
para o ensino, bem como as metodologias de ensino mais apropriadas à sua
realidade escolar, que devido sua importância devem ser componentes
obrigatórios da construção dos planos de curso da disciplina artes visuais no
ensino médio.
Encontramos
nas bases curriculares comuns, propostas pelos Parâmetros Curriculares em ação,
indícios de contextos onde o ensino do audiovisual aparece como conteúdo
substancial para a apropriação do professor em sua sala de aula. No eixo Conceitos, competências e habilidades a
serem desenvolvidas, mais especificamente no item “1. Linguagem verbal,
não-verbal e digital”, os conteúdos podem ser desdobrados pelo professor
segundo orientações como as abaixo reproduzidas:
·
As linguagens da arte: artes visuais, audiovisuais, dança, música, teatro
(PCNEM-AÇÃO, 1998, p. 183).
·
Arte e tecnologia: criação de novas poéticas
que articulam imagens, sons, animações e possibilitam um novo tipo de
interatividade, decorrente não só da codificação da linguagem digital (de base
matemática) como também das tecnologias que suportam e veiculam essa linguagem
(os multimídia). Videoclipes, trabalhos
artísticos em CD-ROM, instalações com
dispositivos interativos, digitalizações são, entre outros, exemplos dessa
interação (PCNEM – AÇÃO, 1998, p. 184)
Pensando
nessas relações entre arte e tecnologia, mais especificamente no que se refere
à produção de videoarte no estado do Pará, propomos a elaboração de um material
didático em CD-ROM acerca desta produção, a partir de materiais fotográficos,
videográficos e textuais (críticas de arte e entrevistas) coletados nos
projetos de pesquisa “A relação da imagem nas artes visuais: Mapeamento da produção
imagética na arte contemporânea paraense” e “Percursos da Imagem na arte
contemporânea e seus desdobramentos”, especificamente as produções dos artistas
visuais Armando Queiroz, Carla Evanovitch, Melissa Barbery, Victor De La Rocque
e Luciana Magno. Os citados projetos foram coordenados pelo Prof. Dr. Orlando
Franco Maneschy e tiveram como bolsista de iniciação científica na graduação o
Prof. Danilo Nazareno Azevedo Baraúna. Ambos os projetos estão vinculados à
Faculdade de Artes Visuais e foram financiados pelo Concelho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado do Pará (FAPESPA).
Esta
iniciativa mostra-se importante na perspectiva de fortalecimento das relações
entre ensino, pesquisa e extensão, não apenas na educação superior, mas a
partir das conexões possíveis entre a produção universitária e o contexto da
educação básica, técnica e tecnológica na Universidade Federal do Pará, bem
como com a rede estadual de ensino.
OBJETIVOS
Geral: Analisar possibilidades de inserção da
produção de videoarte paraense como conteúdo e material didático para o ensino
de artes visuais na 1ª série do ensino médio.
Específicos:
-Possibilitar
desdobramentos da pesquisa realizada na Faculdade de Artes Visuais em diálogo
com o ensino de artes visuais na educação básica.
- Fortalecer a
inserção de conteúdos audiovisuais no ensino de artes visuais na rede pública
de ensino local.
- Promover o contato
dos discentes da Escola de Aplicação e da Faculdade de Artes Visuais com a
produção contemporânea de videoarte local.
Esperamos produzir um
material didático em formato CD-ROM trabalhando conteúdos relacionados ao
ensino do audiovisual nas artes visuais, com foco na produção contemporânea de
videoarte paraense. Esperamos também realizar 05 palestras com os artistas
objetos de estudo para a produção do material didático em CD-ROM.
Ao fim do projeto realizaremos
palestra para comunicação oral dos resultados obtidos e distribuição dos
CD-ROMS para professores de artes visuais da rede pública da cidade de Belém. A
partir da experiência de utilização do material didático produzido na Escola de
Aplicação, esperamos poder abrir espaço para a potencialização de uma discussão
acerca da inserção efetiva dos conteúdos audiovisuais para o ensino de artes
visuais no ensino médio, principalmente no que se refere á produções de caráter
experimental realizadas em nosso estado.
Ao articularmos a elaboração de um
desdobramento pedagógico de projetos de pesquisa realizados na Faculdade de
Artes Visuais possibilitamos um diálogo extensionista a partir do ensino no âmbito
da graduação e da educação básica, na medida em que os discentes da Escola de Aplicação
da UFPA e da Faculdade de Artes Visuais atuarão de maneira direta e indireta no
projeto. Os estudantes da Escola de Aplicação ao participarem ativamente do
processo de experimentação do material didático produzido, bem como os
discentes da Faculdade de Artes Visuais ao atuarem em sala de aula como
estagiários a partir da disciplina “Estágio em ensino das Artes Visuais: Ensino
Médio”, componente curricular obrigatório da Licenciatura em Artes Visuais, em
que poderão presenciar e compreender as características próprias do Ensino
Médio a partir de uma experiência de conteúdos inovadores no ensino de artes
visuais.
_______________________________________________________________________________
Nos dias 28 e 30 de maio de 2012 iniciamos mais uma etapa do projeto "Audiovisual no Ensino Médio: Videoarte Paraense como conteúdo e material didático". Alguns alunos visitaram a exposição "Panorama da Arte Digital no Pará" no Espaço Cultural Banco da Amazônia. Esta etapa se configura como um momento de "Diálogos e Reflexões" a partir da Mediação dos Curadores da exposição, John Fletcher e Ramiro Quaresma. Na ocasião discutimos cada trabalho e as perspectivas da Arte Digital na contemporaneidade, para que possamos estabelecer relações com essas produções ao estudarmos a videoarte paraense no 3º bimestre, a partir do trabalho que será realizado no Laboratório de Informática com o CD-ROM produzido pela equipe do projeto.
Muito obrigado a todos os estudantes que compareceram e espero ter sido um momento oportuno para a aprendizagem sobre a arte e a quebra de preconceitos com relação a produção de arte contemporânea.
AUDIOVISUAL NO ENSINO MÉDIO:
VIDEOARTE PARAENSE COMO CONTEÚDO E MATERIAL DIDÁTICO
PROGRAMA DE APOIO A PROJETOS DE INTERVENÇÃO METODOLÓGICA (PAPIM) 2012
UFPA / EAUFPA / ICA / PROEG
Frame do vídeo "Bebendo Mondrian" (2007) de Armando Queiroz
No contexto escolar, os materiais de vertente
audiovisual acabam sendo utilizados como meros meios ilustrativos de conteúdos
diversos, inclusive em outras disciplinas que não Artes. Dificilmente presenciamos
aulas que tratem do estudo das especificidades audiovisuais no que se refere à
produção de Vídeoarte. Como propõe Mcluhan (1964), “o meio é a mensagem”, logo,
o audiovisual se finda em se mesmo como mídia e conteúdo cognitivo, canal e
código simultaneamente
Ao propormos uma análise da
utilização da Vídeoarte como conteúdo audiovisual na 1ª série do Ensino Médio
vislumbramos a possibilidade de pensar o audiovisual além das tradicionais
formas de produção, explorando o caráter experimental destes produtos. Para
definir esse caráter experimental, Arlindo Machado pronuncia:
“O
que é o experimental? Até os anos 1960, os filmes costumavam ser classificados
como “documentários” ou “ficções” e não havia muita margem de manobra para sair
dessa dicotomia simplificadora. Mas havia uma produção fora do circuito
comercial, que em hipótese alguma cabia nessa classificação obsoleta. (...)
Foi, então, tomado o termo experimental para designar esse campo até então
excluído do audiovisual.” (MACHADO, 2008, p. 10).
Dessa
maneira, devemos estar atentos para podermos abarcar os estudos das artes
audiovisuais tanto como conteúdo e componente curricular quanto como um
importante material didático, sem deixar de lado esse seu caráter experimental,
potencialmente encontrado nas produções de Vídeoarte.
Utilizaremos como principais
referenciais teóricos os estudos de Ana Mae Barbosa acerca da Abordagem
Triangular; Antoni Zabala e seus estudos acerca da construção do currículo
escolar; Cristina Costa, ao discutir a inserção da imagem e da mídia na
educação escolar, Maria Heloísa Ferraz e
Maria Rezende Fusari, a partir de suas construções acerca da inserção do ensino
de arte na educação básica e suas respectivas metodologias.
As “Orientações Curriculares
para o Ensino Médio” são claras ao afirmar que “o ensino do teatro, da dança,
das artes visuais, e suas repercussões
nas artes audiovisuais e midiáticas é tarefa a ser desenvolvida por
professores especialistas, com domínio de saber nas linguagens mencionadas”
(PCNEM, 2004, p. 202).
Esta
afirmação nos permite inferir que a utilização das mídias audiovisuais não deve
se restringir ao ensino de artes visuais, e nem mesmo ao âmbito do ensino das
Artes em todas as suas linguagens. Como mídia educativa, o material audiovisual
deve se fazer presente em potencial em todas as disciplinas do currículo
escolar. No entanto, é no ensino de artes visuais que a linguagem audiovisual
encontra um terreno profícuo para o estudo de suas especificidades conceituais
e práticas de produção, e não apenas como material didático, que acaba servindo
a vários outros processos em outras disciplinas, menos ao estudo de si mesma,
como conteúdo de ensino.
É
no ensino de artes visuais que o professor tem a possibilidade (e deve estar
atento para isso) de abarcar o audiovisual como texto em suas três dimensões
formativas de comunicação. Como Código,
podemos analisar, mas não nos deter a esses aspectos, as estruturas
morfológicas (ponto, linha, forma) e sintáticas (movimento,direção, volume).
Contemplado como Canal, temos a
possibilidade de problematizar o estudo das materialidades da produção
audiovisual e suas formas no cinema e vídeo analógicos, cinema e vídeo
digitais, o computador, o videogame, a televisão. No que se refere ao Contexto, vislumbramos a possibilidade
de estabelecer um estudo das intermediações entre o âmbito de produção e
recepção do conteúdo audiovisual.
É
importante, portanto, que o professor que atua com o ensino de artes visuais
estabeleça uma linha teórica que lhe norteie no que confere à concepção de
Audiovisual por ele adotada, para então preocupar-se com a construção de um
currículo que sirva bem ao ensino do audiovisual, estabelecendo diálogo com a
base comum de conteúdos proposta pelos Parâmetros Curriculares Nacionais em
Ação e articule conteúdos que levem em consideração as especificidades locais
para o ensino, bem como as metodologias de ensino mais apropriadas à sua
realidade escolar, que devido sua importância devem ser componentes
obrigatórios da construção dos planos de curso da disciplina artes visuais no
ensino médio.
Encontramos
nas bases curriculares comuns, propostas pelos Parâmetros Curriculares em ação,
indícios de contextos onde o ensino do audiovisual aparece como conteúdo
substancial para a apropriação do professor em sua sala de aula. No eixo Conceitos, competências e habilidades a
serem desenvolvidas, mais especificamente no item “1. Linguagem verbal,
não-verbal e digital”, os conteúdos podem ser desdobrados pelo professor
segundo orientações como as abaixo reproduzidas:
·
As linguagens da arte: artes visuais, audiovisuais, dança, música, teatro
(PCNEM-AÇÃO, 1998, p. 183).
·
Arte e tecnologia: criação de novas poéticas
que articulam imagens, sons, animações e possibilitam um novo tipo de
interatividade, decorrente não só da codificação da linguagem digital (de base
matemática) como também das tecnologias que suportam e veiculam essa linguagem
(os multimídia). Videoclipes, trabalhos
artísticos em CD-ROM, instalações com
dispositivos interativos, digitalizações são, entre outros, exemplos dessa
interação (PCNEM – AÇÃO, 1998, p. 184)
Pensando
nessas relações entre arte e tecnologia, mais especificamente no que se refere
à produção de videoarte no estado do Pará, propomos a elaboração de um material
didático em CD-ROM acerca desta produção, a partir de materiais fotográficos,
videográficos e textuais (críticas de arte e entrevistas) coletados nos
projetos de pesquisa “A relação da imagem nas artes visuais: Mapeamento da produção
imagética na arte contemporânea paraense” e “Percursos da Imagem na arte
contemporânea e seus desdobramentos”, especificamente as produções dos artistas
visuais Armando Queiroz, Carla Evanovitch, Melissa Barbery, Victor De La Rocque
e Luciana Magno. Os citados projetos foram coordenados pelo Prof. Dr. Orlando
Franco Maneschy e tiveram como bolsista de iniciação científica na graduação o
Prof. Danilo Nazareno Azevedo Baraúna. Ambos os projetos estão vinculados à
Faculdade de Artes Visuais e foram financiados pelo Concelho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e Fundação de Amparo à Pesquisa
do Estado do Pará (FAPESPA).
Esta
iniciativa mostra-se importante na perspectiva de fortalecimento das relações
entre ensino, pesquisa e extensão, não apenas na educação superior, mas a
partir das conexões possíveis entre a produção universitária e o contexto da
educação básica, técnica e tecnológica na Universidade Federal do Pará, bem
como com a rede estadual de ensino.
OBJETIVOS
Geral: Analisar possibilidades de inserção da
produção de videoarte paraense como conteúdo e material didático para o ensino
de artes visuais na 1ª série do ensino médio.
Específicos:
-Possibilitar
desdobramentos da pesquisa realizada na Faculdade de Artes Visuais em diálogo
com o ensino de artes visuais na educação básica.
- Fortalecer a
inserção de conteúdos audiovisuais no ensino de artes visuais na rede pública
de ensino local.
- Promover o contato
dos discentes da Escola de Aplicação e da Faculdade de Artes Visuais com a
produção contemporânea de videoarte local.
Esperamos produzir um
material didático em formato CD-ROM trabalhando conteúdos relacionados ao
ensino do audiovisual nas artes visuais, com foco na produção contemporânea de
videoarte paraense. Esperamos também realizar 05 palestras com os artistas
objetos de estudo para a produção do material didático em CD-ROM.
Ao fim do projeto realizaremos
palestra para comunicação oral dos resultados obtidos e distribuição dos
CD-ROMS para professores de artes visuais da rede pública da cidade de Belém. A
partir da experiência de utilização do material didático produzido na Escola de
Aplicação, esperamos poder abrir espaço para a potencialização de uma discussão
acerca da inserção efetiva dos conteúdos audiovisuais para o ensino de artes
visuais no ensino médio, principalmente no que se refere á produções de caráter
experimental realizadas em nosso estado.
Ao articularmos a elaboração de um
desdobramento pedagógico de projetos de pesquisa realizados na Faculdade de
Artes Visuais possibilitamos um diálogo extensionista a partir do ensino no âmbito
da graduação e da educação básica, na medida em que os discentes da Escola de Aplicação
da UFPA e da Faculdade de Artes Visuais atuarão de maneira direta e indireta no
projeto. Os estudantes da Escola de Aplicação ao participarem ativamente do
processo de experimentação do material didático produzido, bem como os
discentes da Faculdade de Artes Visuais ao atuarem em sala de aula como
estagiários a partir da disciplina “Estágio em ensino das Artes Visuais: Ensino
Médio”, componente curricular obrigatório da Licenciatura em Artes Visuais, em
que poderão presenciar e compreender as características próprias do Ensino
Médio a partir de uma experiência de conteúdos inovadores no ensino de artes
visuais.
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Nos dias 28 e 30 de maio de 2012 iniciamos mais uma etapa do projeto "Audiovisual no Ensino Médio: Videoarte Paraense como conteúdo e material didático". Alguns alunos visitaram a exposição "Panorama da Arte Digital no Pará" no Espaço Cultural Banco da Amazônia. Esta etapa se configura como um momento de "Diálogos e Reflexões" a partir da Mediação dos Curadores da exposição, John Fletcher e Ramiro Quaresma. Na ocasião discutimos cada trabalho e as perspectivas da Arte Digital na contemporaneidade, para que possamos estabelecer relações com essas produções ao estudarmos a videoarte paraense no 3º bimestre, a partir do trabalho que será realizado no Laboratório de Informática com o CD-ROM produzido pela equipe do projeto.
Muito obrigado a todos os estudantes que compareceram e espero ter sido um momento oportuno para a aprendizagem sobre a arte e a quebra de preconceitos com relação a produção de arte contemporânea.
As fronteiras da arte contemporânea abarcam, hoje, um universo de possibilidades desvelado pela tecnologia e seus constantes avanços. Nossa dinâmica de plataformas digitais e consumo desenfreado de imagens passaram a denotar estruturas de sentimentos diversos, as quais os espaços expositivos, museológicos e eventos em torno da arta se propuseram a assimilar. As novas poéticas, advindas por essa matriz de reinvenções culturais, ganharam um destaque ao relatar novos paradigmas do homem contemporâneo. Nesse contexto, a exposição Panorama da Arte Digital no Pará, com obras dos artistas paraenses Alberto Bitar. Bruno Cantuária, Carla Evanovitch, Cláudia Leão, Flavya Mutran, Jorane Castro, Keyla Sobral, Luciana Magno, Melissa Barbery, Orlando Maneschy, Ricardo Macêdo, Roberta Carvalho, Val Sampaio e Victor De La Rocque se torna uma oportunidade única de reconhecer, em um único espaço, os novos caminhos artísticos do Pará, na confluência entre arte e tecnologia.
Curadores:
Ramiro Quaresma: Idealizador e curador do I Salão Xumucuis de Arte Digital. Designer de exposições em espaços como Museu Casa das Onze Janelas e Museu Histórico do Estado do Pará. Publicitário, documentarista e produtor cultural.
John Fletcher: Doutorando em Antropologia pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia da Universidade Federal do Pará, Mestre em Artes e autor de textos científicos sobre Arte contemporânea paraense em Revistas Especializadas.
Fonte: www.xumucuis.wordpress.com
Flavya Mutran
Levando para casa o "Mar em mim" de Orlando Maneschy
Discutindo o "Protocolo das infinitas imagens cotidianas" de Cláudia Leão com o curador Ramiro Quaresma
"Identidades Móveis" de Ricardo Macêdo e Bruno Cantuária
Refletindo sobre as "Performações Urbanas" de Carla Evanovitch
Conhecendo as histórias das "Performações Urbanas" de Carla Evanovitch
Interagindo com a Web Art "Not Found" de Victor De La Rocque
Assistindo "Íntima Paisagem" de Jorane Castro
Dialogando com o curador John Fletcher sobre "Efêmera Paisagem" de Alberto Bitar
"Diálogos e reflexões" após a mediação
Grupo do dia 28 de maio de 2012
Grupo do dia 30 de maio de 2012
Flavya Mutran
Levando para casa o "Mar em mim" de Orlando Maneschy
Discutindo o "Protocolo das infinitas imagens cotidianas" de Cláudia Leão com o curador Ramiro Quaresma
"Identidades Móveis" de Ricardo Macêdo e Bruno Cantuária
Refletindo sobre as "Performações Urbanas" de Carla Evanovitch
Conhecendo as histórias das "Performações Urbanas" de Carla Evanovitch
Interagindo com a Web Art "Not Found" de Victor De La Rocque
Assistindo "Íntima Paisagem" de Jorane Castro
Dialogando com o curador John Fletcher sobre "Efêmera Paisagem" de Alberto Bitar
"Diálogos e reflexões" após a mediação
Grupo do dia 28 de maio de 2012
Grupo do dia 30 de maio de 2012